segunda-feira, 4 de março de 2013

ADOLESCENTES x ACADEMIA


FACES, POR FAVOR, PEÇAM SEUS FILHOS QUE LEIAM! SEM PREGUIÇA .. E VOCÊS TAMBÉM! rsrsrs...

Temos visto a cada dia mais e mais jovens buscando as academias especialmente no intuito de uma melhor forma física. Entretanto, o grande engano em relação ao treinamento, especialmente ao da musculação é acreditar que o treinamento dos jovens não possui diferenças em relação ao dos adultos. Estes estão em processo de maturação e dessa forma difere do adulto em todas as repostas orgânicas ao esforço (metabólicas, cardiovasculares, termo-regulatórias, etc.). Compreender tais alterações durante o período de crescimento é fundamental para que esta tenha uma prática física segura e saudável. Como benefícios gerais da musculação bem elaborada e conduzida podemos citar:
• Aumento da força muscular (resultando em proteção direta das articulações envolvidas);
• Aumento da resistência muscular;
• Melhoria da coordenação muscular;
• Melhoria da flexibilidade;
• Aumento da densidade óssea;
• Melhoria do condicionamento físico geral;
• Melhoria na composição corporal.
Tais aspectos quando somados resultam num processo de crescimento otimizado, com menor risco de lesões e performance física aumentada em práticas esportivas e/ou recreacionais e melhora significativa do padrão postural (tão alterado ao longo desse período).
De acordo com o ACSM (American College of Sports Medicine) a adolescência começa ao final da infância (em torno de 9 anos para as meninas e 12 para os meninos) findando com a entrada na fase adulta (21-22 anos para ambos os sexos).
Faces, observem o quão delicadas são as alterações que os jovens sofrem ao longo do processo de crescimento e maturação.

ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS
• SISTEMA ÓSSEO – Os ossos possuem uma porção central chamada de diáfise e cada extremidade de epífise. Durante todo o período de crescimento o jovem apresenta nos ossos longos, uma diáfise óssea e entre esta e nas epífises os discos cartilaginosos (ou disco epifisário ou disco de crescimento), onde ocorre o crescimento longitudinal do osso. “O desenvolvimento ósseo pode ser intensificado com exercícios de força, pelo aumento do coeficiente de tensão e compressão” (Fleck e Kraemer, 1997). As tensões exercidas sobre o osso, geradas pela contração muscular, estimulam a atividade dos osteoblastos (células responsáveis pelo crescimento ósseo). Contudo, ainda é controverso se o treinamento de força pode interferir ou não no crescimento da criança. Na verdade, um bom número de estudos NÃO tem verificado tal fato. Mas é certo que uma carga excessiva aplicada (próximas de 1RM), associada a desequilíbrios de força entre grupos antagonista e desequilíbrios de flexibilidade são fatores que podem provocar graves lesões na cartilagem de crescimento, encontrada nos discos epifisários, nas superfícies articulares e nas inserções tendinosas.

• SISTEMA NERVOSO – O processo de desenvolvimento e maturação do sistema nervoso permite que a criança ao longo do crescimento desenvolva qualidades físicas como a agilidade, coordenação, equilíbrio e a força. Tal processo é chamado de mielinização (formação da bainha de mielina sobre os axônios dos nervos dos sistemas nervoso central e periférico), permitindo uma maior velocidade de condução do impulso nervoso.

• SISTEMA MUSCULAR – A produção de força muscular é similar para meninas e meninos até em torno dos 8-9 anos. Em meninos até os 12-13 anos, a taxa de aumento de força apresenta uma certa linearidade, mas a partir daí, esta aumenta aceleradamente até a adolescência (Fleck e Kraemer, 1997). Nas meninas, não se percebe nenhum período de aumento acelerado da força e sim um aumento linear até os 14-16 anos e após isto uma relativa estagnação. Em crianças, os ganhos de força pelo treinamento se dão basicamente por alterações funcionais do sistema nervoso e com muito pequena ou nenhuma hipertrofia muscular. A partir da puberdade, as mudanças hormonais começam a fazer a diferença entre os sexos, nos meninos aumentando a força e a massa muscular e nas meninas aumentando a gordura corporal e acentuando as formas femininas. AS MENINAS PRECISAM ESTAR MUITO ATENTAS NESSE MOMENTO, POIS UMA ALIMENTAÇÃO INADEQUADA ACABA CONTRIBUINDO PARA UM ACÚMULO EXCESSIVO DE GORDURA! 
Na puberdade, os músculos e os ligamentos não acompanham o crescimento ósseo acelerado, provocando uma perda considerável da flexibilidade, impondo uma grande carga tensional sobre as apófises, o que torna o treinamento da flexibilidade imprescindível. Contudo, “a menor capacidade mecânica de carga do aparelho locomotor passivo, exige uma escolha cuidadosa dos meios, intensidade e da amplitude do exercício no treinamento da flexibilidade. Como a coluna vertebral e a articulação coxo-femoral são as que mais correm risco nessa fase, é preciso evitar as cargas excessivas de tensão em super-flexão anterior, de hiperextensão ou em flexão lateral da coluna, bem como na flexão e abdução exageradas da coxo-femoral.” (Weineck, 1986).

ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS
• CAPACIDADE ANAERÓBIA – Definida como a produção de energia que ocorre durante o exercício e provenientes de reações outras que da via aeróbia. Esta se mostra em menor grau em jovens que em adultos e vai sendo aprimorada ao longo da maturação. Isto pode estar relacionado a:
• baixas concentrações de hormônios masculinos;
• menor capacidade glicolítica;
• menor produção de lactato durante o esforço;
• capacidade reduzida de tamponar a acidose durante o esforço;
• menor taxa de glicogenólise;
• menor limiar de lactato.
A capacidade anaeróbia melhora através de toda infância e adolescência, com as maiores alterações acontecendo entre os 9-15 anos.

• CAPACIDADE AERÓBIA – Em valores absolutos, a criança tem uma captação máxima de oxigênio (VO2máx) bem menor que a de um adulto. Mas esta se eleva proporcionalmente com o crescimento. Em meninos não treinados, o VO2máx aumenta até os 16-18 anos estabilizando até os 20 anos. Nas meninas não treinadas, o VO2máx aumenta até os 12-14 anos e depois estabiliza ou até reduz.

• REPOSTA TERMO-REGULATÓRIA AO ESFORÇO – Os muito jovens não são tão eficientes em dissipar o calor quanto os adultos. Assim sendo, estas são menos tolerantes ao exercício prolongado, especialmente em ambientes quentes, onde precisam de mais tempo para se aclimatar e tudo isto aumenta o risco de lesão térmica, em função de:
• produzirem uma maior quantidade de calor em relação a sua massa corporal;
• terem uma menor taxa de transpiração no repouso e no exercício (em função das glândulas sudoríparas serem ainda menos sensíveis a alterações na temperatura corporal);
• terem um maior gasto energético durante o exercício;
• terem um menor débito cardíaco para qualquer nível metabólico e dependerem de um maior fluxo sanguíneo cutâneo durante o exercício para perda de calor por convecção.
Caso sinais normais de estresse térmico como a sede, cansaço, tonteira e distúrbios visuais não recebam a devida atenção, a criança precocemente pode apresentar uma série de complicações incapacitantes induzidas pelo calor, que em ordem de progressão de gravidade são cãibras, exaustão e o choque térmico. E como os sinais e sintomas se superpõem, deve-se imediatamente buscar a reidratação e eliminação do estresse térmico através de fricções com álcool, compressas geladas, imersão em água fria ou até gelada.

RESUMO DA ÓPERA
A musculação SE BEM APLICADA tem se mostrado cada vez mais, como um meio EFETIVO e SEGURO de melhorar o condicionamento físico dos jovens independentemente da faixa etária. Portanto, cabe ao professor de Educação Física CONHECER e ESTAR ATENTO a todos estes “‘pequenos detalhes” quando da elaboração do um programa de musculação e mais ainda COMO COMBINAR com as diferentes modalidades oferecidas na academia para que o jovem colha todos os benefícios possíveis e com o MÍNIMO RISCO!

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